terça-feira, 1 de julho de 2008

O QUE AVALIAR NUMA PROPOSTA DE EMPREGO?

O que levaria você a aceitar uma nova proposta de emprego? Salário, benefícios, porte e nome da empresa, qualidade de vida ou possibilidades de crescimento? Cada um tem uma razão para aceitar ou rejeitar o convite. Mas, segundo especialistas, muitos esquecem de se perguntar por que estão procurando novas propostas do mercado, o que esperam da carreira e o quanto cada uma dessas coisas representa em suas vidas. Agindo dessa forma, muitos optam por trocar de empresa pensando apenas no hoje e nem sempre têm uma visão geral, a médio e longo prazo. Pesquisa realizada pela Catho online, que ouviu mais de 12 mil executivos, revelou que perspectivas de crescimento (36%) são o que mais motivam profissionais a mudarem de emprego. Por outro lado, a necessidade de manter-se ativo no mercado refletiu nas respostas de 18,54% dos entrevistados, que declararam ter aceitado a última proposta de emprego por pura "falta de opção". Para Renato Hirata, diretor da Hirata Consultores, todas essas razões são válidas, mas não o suficiente para decidir sobre uma proposta de emprego. Ele considera que o mais importante é ter um objetivo traçado para os próximos anos - e sempre levar em conta esses objetivos na hora de decidir. "A primeira coisa que o profissional tem de saber é o que ele quer da vida para, no mínimo, os próximos cinco anos. Esse desenho tem a ver com remuneração, com qualidade de vida, com competências que ele pretende desenvolver. Enfim, com tudo que ele considera importante para a carreira e para a vida", explica. OS ERROS MAIS FREQUENTES Pensar apenas em questões relacionadas à remuneração é, segundo o consultor de carreira Rogério Martins, um dos erros mais cometidos pelos profissionais. "Trocar de emprego pensando no salário é muito comum e, por isso, há tanta desmotivação depois da mudança", observa. Ele destaca que o profissional precisa investir mais na carreira - ou seja, preparar seu desenvolvimento profissional visando metas de médio e longo prazo. Afinal, nem sempre a oferta momentânea de um salário melhor está na empresa que vai proporcionar esse crescimento e desenvolvimento de carreira. Hirata enxerga outro erro, que é reflexo do imediatismo do brasileiro: não saber desenhar uma carreira pensando no futuro. Para ele, esse é um equívoco crucial. "Tomar uma decisão pela vida atual é o pior erro que existe. O que muitos profissionais não conseguem enxergar é que eles mesmos não sabem o que querem para o futuro e o que estão procurando", comenta Hirata.

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