Seria impossível que a postagem desse mês não
tivesse como tema a MULHER, como seria impossível também não perceber a
evolução da mulher social e profissionalmente.
Pesquisas recentes comprovam um fenômeno que
não obedece simplesmente a lógica. Cresce exponencialmente o número de mulheres
em postos diretivos nas empresas. Curiosamente, essa ascensão se dá em
vários países, de maneira semelhante, como se houvesse um silencioso e pacífico
levante de mulheres no sentido da inclusão qualificada no mundo do trabalho.
Segundo alguns analistas, esse processo tem
origem na falência dos modelos
masculinos de processo civilizatório. Talvez
seja verdade. Os homens, tidos como superiores, promovem guerras, realizam
atentados, provocam tumultos nos estádios, destroem o meio ambiente e
experimentam a aflição de viver num mundo em que a fibra ótica substituiu
o cipó. Quando já não se necessita tanto de vigor físico para a caça, vale mais
o conhecimento que permite salgar ou defumar a carne, de modo a preservá-la por
mais tempo.
No Brasil, as mulheres são 41% da força de
trabalho, mas ocupam somente 24% dos cargos de gerência. O balanço anual da
Gazeta Mercantil revela que a parcela de mulheres nos cargos executivos das 300
maiores empresas brasileiras subiu de 8%, em 1990, para 13%, em 2000. No geral,
entretanto, as mulheres brasileiras recebem, em média, o correspondente a 71% do
salário dos homens. Essa diferença é mais patente nas funções menos
qualificadas. No topo, elas quase alcançam os homens.
Os estudos mostram que no universo do
trabalho as mulheres são ainda preferidas para as funções de rotina. De cada
dez pessoas afetadas pelas lesões por esforço repetitivo (LER), oito são
mulheres. Segundo uma pesquisa recente feita pelo Grupo Catho, empresa de
recrutamento e seleção de executivos, as mulheres conquistam cargos de
direção mais cedo. Tornam-se diretoras, em média, aos 36 anos de idade. Os
homens chegam lá depois dos 40. No entanto, essas executivas ganham, em
média, 22,8% menos que seus competidores de colarinho e gravata. A boa notícia
é que essa diferença nos rendimentos vem caindo rapidamente. Por estar a
menos tempo no mercado, é natural que elas tenham currículos menos
robustos que os dos homens. A diferença nos ganhos tende a inexistir em futuro
próximo.
Parabéns MULHERES!!!